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Conflito...

Os homens vem e vão,
Hoje existimos, amanhã talvez não.
Como a vida é vista por aqueles que existem?
Se parar pra responder, pode se enlouquecer!

Tudo se conflita.
E a vida se esquiva...
Carros em alta velocidade,
E a violência estampada e propagada pela publicidade!

Se ando na rua, vejo gente: muda e nua.
Colápso, stresse, manias, esquisitices, esquizofrenismo, parasitismo, militarismo...
O neo-liberalismo ligado a globalização,
A sociedade em destruição!

Vou Gritar!
Talvez alguma coisa possa se alarmar.

Andamos como se fossemos uma bomba atômica,
Muitas vezes com insônia, não sabendo se vamos ou se ficamos
Enquanto isso, eu fico por aqui,
Pensando se vou rir!

João Weslley

Reflexão

Cada vez que respiramos, afastamos a morte que nos ameaça.
(...) No final, ela vence, pois desde o nascimento esse é o
nosso destino e ela brinca um pouco com sua presa antes de
comê-la. Mas continuamos vivendo com grande interesse e
inquietação pelo maior tempo possível, da mesma forma que
sopramos uma bolha de sabão até ficar bem grande, embora
tenhamos absoluta certeza de que vai estourar.

A cura de Schopenhauer / Irvin D. Yalom; tradução de Beatriz Horta. — Rio de Janeiro: Ediouro,
2005.

Precisamos de Motivação no Brasil


Por João Weslley

Motivação (do Latim movere, mover) designa em psicologia , em etologia e em outras ciências humanas a condição do organismo que influencia a direção (orientação para um objetivo) do comportamento. Em outras palavras é o impulso interno que leva à ação .
Motivação é um construto e se refere ao direcionamento momentâneo do pensamento, da atenção, da ação a um objetivo visto pelo indivíduo como positivo. Esse direcionamento ativa o comportamento e engloba conceitos tão diversos como anseio, desejo, vontade, esforço, sonho, esperança entre outros.

O homem tem várias necessidades que devem ser satisfeitas, algumas delas o são através do salário recebido outras não podem ser “compradas”, são relativas aos sentimentos, desejos, vontades, etc. das pessoas.

Como foi definido por Maslow existem necessidades básicas que devem ser satisfeitas para que outras necessidades de um nível mais alto sejam satisfeitas para explicar melhor ele criou a pirâmide das necessidades:
·            Necessidades fisiológicas (básicas), tais como a fome, a sede, o sono, o sexo, a excreção, o abrigo;
·            Necessidades de segurança, que vão da simples necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa a formas mais elaboradas de segurança como um emprego estável, um plano de saúde ou um seguro de vida;
·            Necessidades sociais ou de amor, afeto, afeição e sentimentos tais como os de pertencer a um grupo ou fazer parte de um clube;
·            Necessidades de estima, que passam por duas vertentes, o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos;
·            Necessidades de auto-realização, em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser.

No mesmo sentido Walton estudando a qualidade de vida no trabalho definiu 8 fatores para que a mesma seja atingida:
1.          Compensação justa e adequada;
2.          Condições de trabalho;
3.          Uso e desenvolvimento de capacidade;
4.          Oportunidade de crescimento e segurança;
5.          Integração social na organização;
6.          Constitucionalismo: Caracteriza pelos direitos dos empregados cumpridos na instituição;
7.          Trabalho e espaço total de vida;
8.          Relevância social da vida no trabalho.

Já Herzemberg estudando o mesmo assunto dividiu os fatores que alteram o comportamento dos indivíduos em 2 grupos: higiênicos e motivacionais.

Os fatores higiênicos são extrínsecos ao individuo, por exemplo, o salário e benefícios recebidos. No caso da insuficiência, provocariam insatisfação, porém atendidos eles não despertariam a motivação (a energia interior) do individuo. Esta seria despertada pelos fatores motivacionais, que são intrínsecos ao profissional, como o reconhecimento, desafios, status e oportunidades de crescimento.
           
            Todos esses estudiosos falaram da importância do salário justo, mas também de necessidades que o salário não atende. O dinheiro paga nossas contas, nos traz oportunidades de lazer, conforto, etc. Porém na busca por melhores salários muitas vezes nosso tempo é sacrificado, nossa qualidade de vida, nossa convivência familiar. Tudo que pode ser “comprado” com nosso salário não será usufruído por nós uma vez que não temos tempo para isso, ou quando temos estamos exaustos.

Vamos nos lembrar da propaganda da Mastercard: tem coisas que “não tem preço”.

Sem jeito

Sujeito sem jeito,
Vindo de um lugar que não tem jeito
Onde o jeito é desajeitado
Desajeitado é o sujeito.

Sociedade Obscura
Que vive na rua
Comendo comida crua
Gemendo na madrugada...

Grito dos inocentes...
Será que é inconsciente?
Ou será por causa dos imprudentes?
Cadê o PRESIDENTE?

O sujeito sem jeito
Da sociedade obscura
Grita!:
Cadê o PRESIDENTE?

João Weslley

Os desafios sociais da Igreja brasileira

Por Pr. João Weslley

Não são poucos e nem pequenos os problemas sociais brasileiros. A igreja evangélica brasileira tem desafios enormes nesta área. Porém, de início é preciso que encaremos com seriedade e maturidade o dilema de até onde podemos e devemos nos envolver nestes desafios. Que a igreja evangélica brasileira não deve se esquivar de sua missão integral é o nosso comum acordo com a declaração de Lausanne:

Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever cristão.

É preciso sim que a Igreja seja a consciência da sociedade e a voz profética que denuncia os desmandos desta mesma sociedade. Não devemos como Igreja de Cristo, partir para a ignorância e violência, mas podemos e devemos fazer confrontações sociais sérias. Confrontação não é violência. Robert C. Linthicum (1996, pp. 171,2) explica:

Há muita confusão sobre a natureza da confrontação e da violência. Confrontação é simplesmente a atividade entre seres humanos na qual eles discordam, e devido a esta discordância, estão desafiando uns aos outros. A palavra significa literalmente “testa a testa” - isto é, as testas colocadas fisicamente uma contra a outra. É um encontro face a face, direto, procurando o fim da resolução.

Por outro lado, violência é o exercício da força física, a fim de ganhar uma disputa. Enquanto a confrontação é verbal, a violência é física. De uma forma mais profunda, essas palavras não são sinônimas, e sim antônimas, pois, em sua própria natureza, um ato de violência é a indicação de que a confrontação falhou. A confrontação boa e eficaz nunca deve levar à violência, mas à resolução do problema.

É nesse espírito de verdadeira confrontação que a Igreja deve encarar seus desafios sociais, com propostas terapêuticas para uma sociedade enferma. Portanto, empenhemo-nos pela dignidade do povo brasileiro. Reivindiquemos, pois, os seus e os nossos direitos: Saúde, segurança, educação, trabalho e salário digno.

E até onde podemos e devemos ir nesta questão toda? Até onde os direitos sejam verdadeiramente assegurados, o amor ao próximo evidenciado, a moral dignificada, o evangelho e o bom testemunho não sejam prejudicados e, sobretudo, o nome de Jesus seja glorificado.

O governo tem (e como tem!) suas culpas e responsabilidades, mas não podemos ficar indiferentes ao que ocorre em nossa volta, simplesmente criticando por criticar o governo. Pesa (e como pesa!) sobre o povo de Deus também a responsabilidade pelo bem-estar social do nosso país.

A Moda

Fechar a boca, a porta, a tampa.
Abrir a boca, a porta, mostrar a estampa.
A Moda que molda a sociedade,
É a Moda que estampa a desigualdade.

Valorização, desvalorização...
É a Moda da globalização!
Materialismo, realismo...
Mate-realismo, morte realismo.

O produto do meio não têm valor,
Recebe uma moeda e agradece ao seu senhor...

Fechar a boca, a porta, a tampa.
Abrir a boca, a porta, mostrar a estampa.
A Moda que molda a sociedade,
É a Moda que estampa a desigualdade.

João Weslley

Compromisso com o Pacto. Hoje?


       1Reis – 8:1-6

“Então congregou Salomão diante de si em Jerusalém os anciãos de Israel, e todos os cabeças das tribos, os chefes das casas paternas, dentre os filhos de Israel, para fazerem subir da cidade de Davi, que é Sião, a arca do pacto do Senhor.
De maneira que todos os homens de Israel se congregaram ao rei Salomão, na ocasião da festa, no mês de etanim, que é o sétimo mês.
E tendo chegado todos os anciãos de Israel, os sacerdotes alçaram a arca;
e trouxeram para cima a arca do Senhor, e a tenda da revelação, juntamente com todos os utensílios sagrados que havia na tenda; foram os sacerdotes e os levitas que os trouxeram para cima.
E o rei Salomão, e toda a congregação de Israel, que se ajuntara diante dele, estavam diante da arca, imolando ovelhas e bois, os quais não se podiam contar nem numerar, pela sua multidão.
E os sacerdotes introduziram a arca do pacto do Senhor no seu lugar, no oráculo da casa, no lugar santíssimo, debaixo das asas dos querubins.”  [1]

O texto sagrado se refere ao momento máximo da construção do grande Templo de Salomão, quando o rei, herdeiro da promessa de seu pai Davi ao Deus Altíssimo, faz com que a Arca da Aliança, símbolo maior do pacto e da presença de Yahveh em Israel, seja conduzida ao lugar de destaque no templo, o “sancto sanctorum”.
Ali se pode notar o quanto isso foi importante para todo o povo, pois que todos os homens, todos os anciãos, os cabeças das tribos, os chefes das casas paternas, se reuniram ali e apresentaram sacrifícios incontáveis, bem como se dispuseram ao culto e à adoração ao Altíssimo.
Ora, que nos faria pensar tal referência nos dias de hoje, mormente na vida do homem que se reconhece como herdeiro e mordomo da Criação?
Talvez a certeza de que ainda é possível a reunião dos anciãos de hoje, dos homens de boa vontade de hoje, os sábios, os filósofos, para “erguer a arca” da liberdade, da igualdade e da fraternidade, colocando-a no lugar mais destacado do templo-corpo-vida de cada um e de todos, na entrega de sacrifício agradável ao Eterno, não obviamente, de bois ou ovelhas, mas de luta e dedicação por uma humanidade mais justa e perfeita, de entrega da própria vida pela causa na qual alegamos estar envolvidos.

Este momento que vivemos, de crise de conceitos e falta de ideais,  pode ser de fundamental importância na consolidação do caráter daquele que se volta para dentro de si mesmo, em busca da serenidade dos sábios, demonstrada pela prática a Caridade, pela exaltação das Virtudes e pelo estudo constante, exigências impostas ao homem sensato pela sua própria consciência.

Para se preparar para a batalha contra a ignorância e a tirania, o obreiro da libertação precisa se orientar pela Verdade, pela Ciência e pela Tolerância. O silêncio e a meditação fazem o homem prudente, menos exposto ao erro e à repreensão, apto ao desenvolvimento de suas potencialidades, como a polir mais ainda a pedra em que molda seu caráter, com assiduidade e tenacidade, em detrimento dos caprichos do ego.

É a isso que Paul Tillich[2] chama de “coragem de ser”, ou seja, é a decisão que se toma de ir em direção a um ideal, sem se importar com a possibilidade de não ter um retorno satisfatório ou qualquer reconhecimento. É fazer algo que se acredita ser adequado. Escolhe-se ser um defensor da liberdade, da justiça e da verdade. O eu fica em segundo plano.

Então, algum mistério move o sujeito a buscar se unir com outras pessoas e tratá-las como se fossem seus irmãos. Algum mistério divino incomoda o homem, ao ponto de fazê-lo sair do seu ostracismo quase que natural dos dias atuais e buscar se encontrar com outros, que incomodados da mesma forma, se propõem a serem como irmãos e a buscar o bem mútuo.

Assim, o silêncio e a meditação serão ferramentas de suma importância, pois, o homem loquaz não pode ouvir a voz da prudência, nem dar espaço à especulação científica, que conduz à Verdade. 

Aquele que tem coragem para se calar e se colocar na posição de ouvinte, este sim, está preparado para ouvir, escutar e entender. Porque se ouve com os ouvidos, mas se escuta com o coração e se entende ao meditar longamente.

Isso nos esclarece ainda mais sobre a nobreza da opção do homem que busca na prática do bem a possibilidade de servir ao propósito do crescimento da humanidade. Na verdade ele está atendendo ao chamado do próprio Deus, conforme diz Vanhoye[3], ao afirmar que "o sacerdócio não é uma posição à qual o homem possa elevar-se para colocar-se acima dos seus semelhantes. É um dom de Deus, que coloca o sacerdote a serviço de seus irmãos".
E com o dom vem o Dever, inevitável necessidade que tem o homem social, ou seja, aquele que vive em comunidade com outros homens, de servir ao outro, a quem convencionamos chamar de “o próximo”.
Diante de tal compromisso, se impõe a necessidade de preparo constante, de busca incessante de capacitação, de conhecimento de si mesmo, do mundo ao seu redor e da Vontade Divina, a qual é necessariamente, o motivo da busca do Homem, que pode ser traduzida pela busca da libertação de si mesmo e de todos os homens das garras da ignorância e do fanatismo, das trevas da idolatria e da loucura do egoísmo.
A chave para alcançar tal fim é o silêncio contemplativo, emblema do domínio da razão sobre as palavras, que indica mais uma vez a necessidade de uma busca silenciosa, cuidadosa e bem administrada, pelo cumprimento do ideal estabelecido, qual seja, encontrar o elo de reconciliação com o Criador.
Assim devemos viver, conviver e coexistir, nós, os seres humanos, herdeiros e mordomos da criação. Nesse ambiente de autopromoção e cuidado mútuo é que é possível se manifestarem as bênçãos do Senhor, sejam elas no campo material ou no espiritual. Nesse ambiente é que pode haver vida para sempre, como nos lembra o Salmo 133.

Referências:

A BÍBLIA SAGRADA. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. 2ª ed. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
TILLICH, Paul. A Coragem de ser. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
VANHOYE, Albert. Sacerdotes Antigos e Sacerdote Novo. São Paulo: Academia Cristã.2006


[1]     Bíblia  - Almeida Revista e Atualizada, 1999. p318.
[2]     Tillich, 1976. p 122.
[3]     Vanhoye, 2006. p 197.

A gente se cala...

A gente se cala,
Se cala a gente.
Se a gente se cala,
Cala a gente.

A gente se cala...
Quando diante da irresponsabilidade nacional não nos posicionamos ante a corrupção.

A gente se cala...
Quando diante da falta  de cavalherismo e respeito não nos impomos ou manifestamos nossos desejos.

A gente se cala...
quando diante da televisão, vemos nossos filhos, pais e irmãos sendo manipulados, marionetados, pelo sistema capitalista macificante.

A gente se cala...
Quando o próximo demonstra desprezo pelo outro, por causa de diferenças sociais, físicas e religiosas.

A gente se cala...
Quando olhamos para a vida e não acreditamos que tudo pode ser diferente, se quisermos, se fizermos.

A gente se cala...
Por não termos palavras... por causa da inculturiedade que é disseminada pela imprudência daqueles que estão no poder.

A gente se cala,
Se cala a gente.
Se a gente se cala,
Cala a gente.

João Weslley 

Dignidade Humana

Por João Weslley

“O cuidado expressa a importância da razão cordial, que respeita e venera o mistério que se vela e re-vela em cada ser do universo e da terra” (Leonardo Boff).

“A imagem de Deus distingue o homem de todas as outras criaturas; é o que nos faz humano.”( Millard J. Erickson)


Liberdade! Liberdade consiste em nada mais do que “fazer uso público de sua razão em todas as questões”. Trata-se de levar as pessoas a raciocinar antes de obedecer, saber dar as razões por que agem de certa maneira, enquanto cidadãos. Aqueles que fazem o uso da sabedoria como cerne da sua missão, devem instruir as pessoas à maioridade da consciência através do uso público da razão.

Dignidade... No reino dos fins tudo tem ou um PREÇO ou uma DIGNIDADE. Quando uma coisa tem preço, pode-se trocá-la por algo equivalente; mas, quando está acima de todo preço e, portanto, não admite equivalente, então ela tem dignidade.

Moralidade? Sim, a moralidade é a única condição que pode fazer de um ser racional um fim em si mesmo, pois só por ela lhe é possível ser membro legislador no reino dos fins. Portanto, a moralidade e a humanidade, enquanto capaz de moralidade, são as únicas coisas que têm dignidade. Três características da dignidade próprias da moralidade: incondicionalidade (absoluta prioridade), superioridade absoluta (acima de qualquer preço) e incomensurabilidade (nenhum equivalente).

Autonomia. O ser racional é considerado como legislador num reino de fins pela autonomia da vontade. O ser racional é autônomo por ser autolegislador num reino de fins .

Kant afirma quer a pessoa é fim em si mesmo e não pode ser usada como meio, essencialmente, porque, todo ser humano, diferentemente de outras criaturas, é uma realidade moral; em outras palavras, a pessoa tem dignidade porque é fundamentalmente capaz de auto-realização; é chamada a realizar com sua inteligência e liberdade sua própria moralidade. A dignidade especial do ser humano não consiste em viver como um exemplar da sua espécie, mas a cada ser humano é dada uma tarefa específica e proporcionada: ser sob o ponto de vista moral e pela força da sua liberdade um ser humano bom. O significado da vida humana não é estar bem, mas ser bom. Em outras palavras realizar sua moralidade. A dignidade humana para Kant fundamenta-se no fato de a pessoa ser essencialmente moral.

A sociedade foi organizada sob critérios de igualdade e liberdade, tendo como objetivo máximo a construção da justiça. Essas potencialidades criaram no ser humano uma autoconsciência de senhorio e força, obscurecendo a percepção da sua fragilidade e fazendo esquecer a vulnerabilidade do seu entorno.

A degradação do ambiente natural e social fragiliza e ameaça o próprio ser humano. A única atitude responsável diante de seres vulneráveis e frágeis é o cuidado.

O critério da moralidade é o conjunto dos indivíduos na sociedade. Por isso, Kant diz “Age de tal maneira que o teu agir possa ser lei para todos”.

Portanto, o critério da ética é a universalidade (normas válidas para todos) e o conteúdo é a dignidade da pessoa (indivíduo considerado como fim em si mesmo).

Esses são em rápidos traços os pilares da ética moderna: a autonomia como condição, a universalidade como critério e a pessoa humana considerada fim em si mesmo como conteúdo. Assim, chegou-se a uma formulação consistente da dignidade da pessoa humana, quando Kant distingue entre as coisas que tem preço, pois são puros meios para atingir outro fim, e a pessoa que não pode ser reduzida a meio, porque é fim em si mesma e deve ser tratada como tal. O processo cultural, movido e inspirado por esse paradigma ético, desembocou na formulação dos direitos humanos e no respeito absoluto à dignidade humana.
As instituições brasileiras declarando falência.

Olhem o que diz um Senador de República: "A indignação tem que ocupar as ruas, pois sem manifestações populares e a ação das redes sociais, não acontece nada", acrescentou o senador, para quem "não adianta esperar nada do Congresso ou do Judiciário, o que funciona é a pressão das ruas, como adconteceu com a Lei da Ficha Limpa".

Isso foi publicado no blog do Senador Pedro Simon (http://senadorpedrosimon.blogspot.com), após a Câmara Federal ter absolvido a Deputada Jaqueline Roriz da acusação de falta com o decoro parlamentar.

Como ficamos então? Se até os que estão lá dentro, não acreditam mais nas instituições brasileiras, declarando-se incapazes de fazer algo, só resta mesmo a nós, fazer o que o próprio Senador sugere.

Vamos REAGIR.