Oh bendita entre as outras, Maria
Que por Deus, obra santa fizeste
Sem temer opróbrio e zombaria
Recebeste em teu corpo um celeste
Atrevida em teu tempo, queria
Dar aos teus o melhor, eis que deste
E viver para ti não mais iria
Concebeste e Jesus à luz deste
Este então, mais ainda faria
Que a tudo, elencar ninguém vai
Mas, de tudo, o melhor, eu diria
Foi fazer-nos ver Deus como Pai
Deu ao cego a luz clara do dia
Fez andar, fez ouvir, fez viver
De tocá-lo, a doença saía
Seus ensinos faziam crescer
Mas em nós a maldade é tão fria
Que ao invés de honrar a Jesus
Barrabás era quem morreria
Nós pregamos o Cristo na cruz
Isso tudo porém, era a via
Pela qual Deus Pai quis nos salvar
Já que o sangue nosso não pagaria
Deu Jesus Cristo em nosso lugar
Ai de mim, pecador contumaz
Se não fosse o amor de Jesus
Que se deu como outro não faz
E morreu sem pecado na cruz
Pra que eu, nesse mundo sem paz
Pela graça encontrasse a luz
Eis a cura que o mundo espera
Eis o logos, Palavra do Pai
Eis o Espírito que nos revela
Aleluia, eis o Trino Adonai.
O papa não é pop.
Depois de séculos, um papa renuncia ao direito de morrer papa. O cardeal Joseph Ratzinger, conhecido como Bento XVI e também conhecido por sua postura firme e por muitos tida como radical, toma uma atitude inesperada, mas, que denota a grave situação do catolicismo, ousaria dizer, do cristianismo como um todo.
Sim, o próprio cristianismo se encontra atravessando uma das suas maiores crises, talvez a mais grave, já que instalada no interior dele mesmo. As bases do maior representante do monoteísmo acham-se em ruínas, pois se estabeleceram e se mantiveram por séculos, sobre ideais questionáveis e práticas reprováveis.
A Igreja Católica, no alvorecer do Século XXI, ante uma evolução incontrolável da humanidade, na contra-mão da história, se vê debatendo-se contra questões já bem aceitas pela grande maioria das pessoas no mundo todo, como o uso de camisinha, o aborto, a união homossexual, e por aí... O catolicismo caiu na desgraça do conservadorismo sem limites, na truculência que gera fiéis não tão fiéis, meros repetidores de um ritual cansativo, enfadonho e sem sentido. Repetidores também, de encíclicas retrógradas, antipopulares e principalmente, contrárias à essência do discurso do cristianismo primitivo.
Agora, me pareceu muito, mas, muito estranho, o fato de o anúncio da retirada do líder da igreja romana se dar exatamente no meio do carnaval, já que ele alega ter consultado longamente sua consciência. Ora, esse anúncio poderia ser dado antes ou depois do carnaval, mas, parece que o Vaticano escolheu um momento específico para chamar a atenção do mundo sobre si. Essa saída com dia e hora marcados não pode ser aceita como se fosse um fosse um funcionário de uma empresa aguardando pra fechar o mês.
Outra coisa que não me cheira bem é a justificativa muito estranha aos costumes do Vaticano. Não é comum nos tempos modernos do catolicismo, um papa abandonar o barco justificando inaptidão física. João Paulo II por exemplo, foi substituído pelo próprio Ratzinger, na maioria das suas funções, meses antes de morrer. E manteve a tradição de morrer no comando, como um herói da fé até o último suspiro.
Não. O papa Ratzinger nunca foi um sujeito popular ou querido. As circunstâncias mundiais envolvendo sua igreja não são nem um pouco favoráveis. É bem provável sim, que uma grande pressão da própria cúpula católica o tenha induzido a sair de cena, para o bem de todos e da própria saúde.
Não que isso vá causar grandes abalos no mundo, posto que o catolicismo não tem mais o poder que tinha há cem anos, mas, é certo que estamos tendo a oportunidade de presenciar a ruína dos pés de barro do grande totem cristão. As outras partes (os demais pseudocristãos), já vemos corrompidas, degradadas, aos frangalhos também, prontos para acompanhar o movimento em direção ao abismo.
Lamentável é a manipulação da informação, o jogo com a boa fé do povo, tão condenados e tão repetidos em nossos dias. Mas, isso também não é novidade. Importa ser pop.
Sim, o próprio cristianismo se encontra atravessando uma das suas maiores crises, talvez a mais grave, já que instalada no interior dele mesmo. As bases do maior representante do monoteísmo acham-se em ruínas, pois se estabeleceram e se mantiveram por séculos, sobre ideais questionáveis e práticas reprováveis.
A Igreja Católica, no alvorecer do Século XXI, ante uma evolução incontrolável da humanidade, na contra-mão da história, se vê debatendo-se contra questões já bem aceitas pela grande maioria das pessoas no mundo todo, como o uso de camisinha, o aborto, a união homossexual, e por aí... O catolicismo caiu na desgraça do conservadorismo sem limites, na truculência que gera fiéis não tão fiéis, meros repetidores de um ritual cansativo, enfadonho e sem sentido. Repetidores também, de encíclicas retrógradas, antipopulares e principalmente, contrárias à essência do discurso do cristianismo primitivo.
Agora, me pareceu muito, mas, muito estranho, o fato de o anúncio da retirada do líder da igreja romana se dar exatamente no meio do carnaval, já que ele alega ter consultado longamente sua consciência. Ora, esse anúncio poderia ser dado antes ou depois do carnaval, mas, parece que o Vaticano escolheu um momento específico para chamar a atenção do mundo sobre si. Essa saída com dia e hora marcados não pode ser aceita como se fosse um fosse um funcionário de uma empresa aguardando pra fechar o mês.
Outra coisa que não me cheira bem é a justificativa muito estranha aos costumes do Vaticano. Não é comum nos tempos modernos do catolicismo, um papa abandonar o barco justificando inaptidão física. João Paulo II por exemplo, foi substituído pelo próprio Ratzinger, na maioria das suas funções, meses antes de morrer. E manteve a tradição de morrer no comando, como um herói da fé até o último suspiro.
Não. O papa Ratzinger nunca foi um sujeito popular ou querido. As circunstâncias mundiais envolvendo sua igreja não são nem um pouco favoráveis. É bem provável sim, que uma grande pressão da própria cúpula católica o tenha induzido a sair de cena, para o bem de todos e da própria saúde.
Não que isso vá causar grandes abalos no mundo, posto que o catolicismo não tem mais o poder que tinha há cem anos, mas, é certo que estamos tendo a oportunidade de presenciar a ruína dos pés de barro do grande totem cristão. As outras partes (os demais pseudocristãos), já vemos corrompidas, degradadas, aos frangalhos também, prontos para acompanhar o movimento em direção ao abismo.
Lamentável é a manipulação da informação, o jogo com a boa fé do povo, tão condenados e tão repetidos em nossos dias. Mas, isso também não é novidade. Importa ser pop.
A Arte é o artista.
O que é
a arte enfim?
Um
rabisco sonoro,
uma
trilha agressiva,
uma
forma complexa
um ruído
em bom tom?
É o
jeito do artista
de
querer produzir
forma,
som, luz, cor, gosto,
tudo,
até se exaurir?
É o suor
que a pessoa
seja má,
seja boa
derramou
sobre a obra
será
isso o que nos sobra?
Será sua
amargura
desventura
ou tristeza,
que ele
enfeita de amor
e nos
serve na mesa?
Poderia ser alegria
que transborda em seu ser
obrigando o poeta
a seu verso escrever?
Também pode ser ódio
que o martelo a bater
dá ao escultor o pódio
e a nós dá o que ver?
Pode ser a paixão
a loucura do amor
que escreve a canção
e afina o cantor?
E quem pinta o retrato
de toda coisa que vê
de onde lhe vem a mercê
que leveza dá ao tato?
Não são teus os dons, amigo
foi assim que ELE quis
Vem de Deus, eu te digo
Só pra te fazer feliz
Morte e vida se respira
Por Weverton Duarte Araújo
O meu morrer diário é muito louco
Vou respirando o gás e assim
prossigo
O oxigênio vai matando aos poucos
O que assim somente mantém vivo
O que me mata é que me faz viver
O que me caça é meu melhor amigo
Me traz saúde, faz envelhecer
Viver sem ele, morro, não consigo
Assim vivendo, morro a cada passo
A cada ato meu de respirar
O gás está presente no que faço
Só quem morreu o pode dispensar
Por isso vivo a morte todo dia
Nem ao dormir eu paro de morrer
E quando acordo, sonho a nova via
De protelar a morte em não viver.
Pai que chora
Oh,
semente de mim
que
se espalhou
por
caminhos que desconheço
Oh,
espelho de mim
que
anda errante
pelo
mundo que não vi
Filho
meu, alma irmã
parte
boa de mim
onde
andam seus pés?
o
que vêem seus olhos?
que
deixei outro dia a chorar
que
matei por não poder amar
onde
andam seus pés, filho meu?
e
aos seus olhos, que fim a vida deu?
andará
pela sombra sem medo?
ou
terá se perdido tão cedo?
eu
que nunca pensei que algum dia
ao
lembrar de você, choraria
hoje
choro até não suportar
quanto
tempo perdi sem te amar
Fiquei
velho, cansado, morrendo
sem
cabelos, coisas esquecendo
não
vivi, não te vi aprendendo
tantas
coisas eu quis te ensinar...
Mas,
aprenda comigo, querido
tire
proveito do meu castigo
não
repita meu erro fatal
se
a vida te der um amigo
parte
da sua carne criar
com
cuidado e carinho afinal
cuide
dele até velho ficar.
Mãos e olhos.
Mãos de mãe e olhos de polícia
Olhos
fechados para a realidade ou abertos a denunciar.
Mãos de paz e olhar de malícia
Olhar de não e mão de carícia
Mãos amigas que protegeram, tentando
educar
Olhos fundos de fome e frio.
Mãos profanas, que violaram o mais
íntimo
desses a quem deviam acariciar com
amor e respeito
Olhos arregalados de pavor.
Mãos que espancaram. Mãos que
furtaram.
Olhos que buscam respostas.
Mãos que maquinaram pelo bem e pelo
mal
desses nossos pequenos.
Mãos deles mesmos, que mal
orientadas, se deram ao erro.
Mãos anônimas de dezenas de
profissionais
que com zelo e dedicação, ou muitas
vezes,
sem mesmo saber a importância de seu
ato,
outras ainda, apenas para cumprir
ordem, agiram.
Umas até a contragosto, mas, agiram.
Olhos que deveriam ver, como
prometeram,
mas, se negam a enxergar o óbvio
clarão da realidade.
Olhos que choram em sua sensação de
completa impotência.
Houve
mãos que se juntaram em um ideal,
mesmo
que distante, quase impalpável, mas, se juntaram.
Outras
mãos se fecharam a sonegar, sonegadoras que são,
como
muitas na história. A história não parou por isso.
O desejo é que, o olhar de Deus, que tudo alcança
e as mãos de Deus, que a tudo podem atingir,
sejam sobre todas as mãos e todos os olhos,
a julgar, a perdoar e a condenar,
segundo Sua eterna misericórdia.
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