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Aonde vamos chegar?

Aonde vamos chegar?

Continuamos a experimentar a cada dia os efeitos da crise de conceitos que assola nosso século.

Decaíram e não se encontram mais nas pessoas, atitudes que demonstrem a assimilação de conceitos como alteridade, ética, moral, decência, solidariedade e respeito.


Com pouco esforço podemos enumerar notícias que comprovam tal afirmação. E os fatos estão se dando, cada vez mais perto de nós, a ponto de não ser mais, apenas notícia, mas fato experimentado.

Tomemos como exemplo, a vergonhosa atitude dos vereadores de Belo Horizonte, que resolveram, a despeito  e na contra-mão de todos os índices de reajuste do país, promoverem o reajuste dos próprios salários em 61,8%. Isso mostra o total desrespeito para com os que os sustentam e sobrevivem, na maioria das vezes, com, em média, pouco mais de um salário mínimo.

Da mesma forma, em ação notadamente assíncrona com os valores morais que deveriam ser defendidos pelo Judiciário, o ministro Marco Aurélio Mello impede que o CNJ prossiga investigando magistrados.

Nossos heróis são jogadores de futebol condecorados pela Academia Brasileira de Letras, mas que, é notório, nunca leram um livro inteiro, nem escreveram um poema sequer, ou que cambaleiam de escândalo em escândalo.

Nossos artistas de sucesso são meninas peladas rebolando e gritando obscenidades, ou pseudo-religiosos enchendo os bolsos com a venda (quase forçada) de CDs e DVDs.  

Nossos modelos de comportamento são os confinados em um circo dos horrores onde a nudez e a sensualidade barata são expostos e impostos a quem assiste a TV aberta.

O que faz sucesso em nossa sociedade é o imoral, o anti-estético, o grotesco.

A pergunta que se impõe não pode ser outra: Aonde vamos chegar?????