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Bravateiro eu


O motorneiro gritava 
bom dia e o bonde ia
para onde não se sabia
se descia ou subia
a algum lugar me levava 

E a lava 
que do meu vulcão escorria
por meu corpo todo ardia
e eu chorando, ria
pois meu fogo não se apagava

Se aquietava
logo ressurgia
boa noite então dizia
e fingia que dormia
mas, louco, se levantava

Como era bom como estava 
nesse tempo de alegria
que o menino não sofria
pois olhava e nada via
o tempo ali não passava.