Mãos de mãe e olhos de polícia
Olhos
fechados para a realidade ou abertos a denunciar.
Mãos de paz e olhar de malícia
Olhar de não e mão de carícia
Mãos amigas que protegeram, tentando
educar
Olhos fundos de fome e frio.
Mãos profanas, que violaram o mais
íntimo
desses a quem deviam acariciar com
amor e respeito
Olhos arregalados de pavor.
Mãos que espancaram. Mãos que
furtaram.
Olhos que buscam respostas.
Mãos que maquinaram pelo bem e pelo
mal
desses nossos pequenos.
Mãos deles mesmos, que mal
orientadas, se deram ao erro.
Mãos anônimas de dezenas de
profissionais
que com zelo e dedicação, ou muitas
vezes,
sem mesmo saber a importância de seu
ato,
outras ainda, apenas para cumprir
ordem, agiram.
Umas até a contragosto, mas, agiram.
Olhos que deveriam ver, como
prometeram,
mas, se negam a enxergar o óbvio
clarão da realidade.
Olhos que choram em sua sensação de
completa impotência.
Houve
mãos que se juntaram em um ideal,
mesmo
que distante, quase impalpável, mas, se juntaram.
Outras
mãos se fecharam a sonegar, sonegadoras que são,
como
muitas na história. A história não parou por isso.
O desejo é que, o olhar de Deus, que tudo alcança
e as mãos de Deus, que a tudo podem atingir,
sejam sobre todas as mãos e todos os olhos,
a julgar, a perdoar e a condenar,
segundo Sua eterna misericórdia.
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