Se você discorda da Lei, lute para mudá-la. Mas, enquanto essa Lei vigorar, cumpra-a. Se não for assim, quando a Lei estiver a seu gosto, os que dela discordarem não se verão obrigados a cumpri-la.
Se você estiver em uma
situação de risco, é justo colocar sua família à sua frente para livrar sua
pele? É adequado jogar a opinião pública contra sua família baseado na desculpa
esfarrapada de que seus direitos trabalhistas não estão sendo respeitados? E
para encerrar: É lícito, ético, moralmente justificável, abandonar à deriva,
entregar nas mãos das feras a sociedade à qual você jurou lealdade, jurou
proteger ao custo da própria vida?
O pouco conhecido poeta
Natalino Gomes da Silva teria dito: "Policiais militares, pretorianos,
homens treinados, preparados para missão. Honrar seu juramento é sua meta,
cuidar e defender a sociedade é seu objetivo".
Pois os policiais militares
do Espírito Santo, numa demonstração de total falta de respeito para com os
cidadãos de bem de seu Estado, os quais são quem em última análise, pagam seus
salários. Agiram de forma nojenta, cruel, irresponsável e covarde. Lançaram mão
de um recurso inadmissível, rebaixando-se ao nível dos governantes que mal e
porcamente os administram.
Impedidos pelo regulamento,
ao qual um dia se obrigaram de livre e espontânea vontade, burlaram-no assim
mesmo, ocultando-se à sombra de suas mulheres e seus filhos, os quais
"bloquearam" as saídas dos batalhões para evitar que as viaturas
saíssem para o trabalho.
Ora, se for assim, que
polícia é essa? Se meia dúzia de mulheres e filhos dos bandidos
"bloquearem" a saída dos quartéis da PM espírito-santense, o restante
da população estará entregue à sorte? Que braço armado do Estado é esse, que se
acovarda diante dos embaraços sabidamente inerentes ao servidor público no
Brasil, ombreando-se aos milicianos e mafiosos que optam pelo "ordo ab
chao", ou seja, crie o caos para se oferecer como solução?
O povo do Espírito Santo não
merece tal tratamento por parte de quem devia morrer em sua defesa, já que,
voluntariamente optou por ser policial e se submeter às agruras típicas do
ofício, que deveria observar como um sacerdócio.
São um bando de covardes que,
assim que o Exército e a Força Nacional restaurarem a sensação de segurança,
enfiarão o rabo entre as pernas e voltarão a seus postos, onde continuarão a
exercer as arbitrariedades costumeiras, a achacar comerciantes e turistas
incautos.
E suas esposas e filhos,
poderão se orgulhar de ter contribuído para absolutamente nada de útil. Pelo
contrário, serão lembrados como os que fecharam as portas dos quartéis para alí
conter a polícia e abriram as portas da cidade aos bandidos.
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