Cipriano de Valera,
ao traduzir o célebre texto de Calvino conhecido pelos
presbiterianos como “As Institutas”, uma espécie de sistemática
teológica que fundamenta o presbiterianismo, inicia sua introdução,
isso em 1597, dizendo que “Dos
puntos hai, que comunmente mueven á los hombres á preziar mucho una
cosa: el primero es la exzelenzia de la cosa en si misma; el segundo,
el provecho que rezebimos ó esperamos della”.
Ora, aquele Teólogo da Reforma traz
uma intrigante observação sobre o modo como as pessoas se
relacionam com as coisas, que certamente não mudou de lá pra cá.
Em relação a certas questões
altamente relevantes em nossos dias, sejam elas, a redução da
maioridade penal, a revisão do código eleitoral, ou a instalação
de bloqueadores de telefones nas penitenciárias, precisamos entender
os motivos que levam os nossos legisladores à completa estagnação,
como se esses assuntos não fossem da maior importância e
urgência.
Se não prezam tais temas com o
devido cuidado, assim como deseja a grande maioria pensante da
população, ou é porque não conseguem perceber o óbvio, ou porque
não percebem algum lucro, alguma vantagem para si mesmos, em prover
a sociedade de recursos mais modernos em tempo hábil, antes que mais
prejuízos sejam contabilizados.
Então pergunto: porque o resto do
mundo enxerga as coisas de uma forma que nossos administradores
rejeitam? E mais: porque nosso povo insiste em manter no comando e na
administração da coisa pública pessoas notadamente incapazes,
ineficientes e de hábitos tão reprováveis?
Se convidássemos Sigmund Freud a
responder estas duas perguntas, ele certamente diria que, enquanto
não for mais vantajoso ser justo e honesto, não se poderá esperar que o
homem o seja. O pai da Psicanálise foi quem também sustentou que nós somente nos submetemos à moral social por absoluta necessidade de permanecermos agrupados em sociedade. O ser humano em seu estado natural não tende à socialização, mas à realização de seus desejos "instintuais", assim como os cães e os símios.
O futuro talvez nos remeta ao dilema
dos porcos-espinhos de Schopenhauer. Morreremos no frio do já
comprovado inviável individualismo, ou aprenderemos a suportar as
espetadas dos nossos iguais, em busca do indispensável e vital calor
dos relacionamentos?
Mais uma vez, o equilíbrio é a
chave. No que se refere à escolha dos administradores de nossas
coisas, precisamos aprender a discernir entre o utilitário e o
vantajoso. Com isso, quero ressaltar que há grande diferença entre utilidade e vantagem. Mais ainda, há enorme diferença entre postura ética, baseada em princípios morais, que em relação à utilidade das coisas, as valora coletivamente, acima da vantagem que elas possam trazer individualmente.
Por essa afirmações do passado que são tao novos em nosso tempo, que realmente sinto conformável para dizer que toda atitude ou ação são movidas pela conveniência.A sociedade como um todo deve reagir contra essa lei do Gerson que leva nossa sociedade ao abismo do descontrole.
ResponderExcluirdefinitivamente es el mismo cuestionamiento que nos hacemos , porque siempre colocamos al poder personas que solo buscan a ventajas de ellos,, y porque nunca tomasmos a critérios valores , virtudes , y por outro lado prefiero morir de calor que de frio ,, no hay como sentir esa fuerza de abrigo a sentirse descubierto ,, espero haber entendido el mensage me gusto muchisisimo ,, quieor ver mas y mas, atte yoana
ResponderExcluirInfelizmente chegamos hà um empasse onde tanto o povo como os gorvernantes so olham a si proprio, nada se é feito se não houver lucros para alguem. Assim vamos vivendo, os governantes não cumpre o que prometem, e os ipocritas vão elegendo eles a cada 2 anos.
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