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Feliz 2022... sqn.

          E começa 2022.... 

Não me parece adequado, sustentar a menor expectativa quanto à possibilidade de que este possa ser um ano bom. Pelo contrário, temos razões de sobra para acreditar e até mesmo para começar a nos preparar para um período de um grande desgaste emocional, psicológico e físico.

Sim, essas três áreas, provavelmente serão severamente atingidas no decorrer de 2022. Senão, vejamos: nosso povo vive atualmente a experiência do segundo ano sem o carnaval, que foi durante décadas, a normalidade de fevereiro. Grande quantidade de administrações municipais, agindo de forma preventiva contra uma nova onda de COVID que parece se aproximar, cancelaram os festejos momescos e estão investindo no controle sobre as aglomerações comuns nos eventos típicos da época, algo que já fazia parte da cultura brasileira e que a população não está disposta a abandonar facilmente, mesmo que isso possa trazer graves consequências, como o aumento de internações, o colapso do sistema hospitalar e a ocorrência de mortes, como se viu em 2020 e até meados de 2021.

O sofrimento causado pela diminuição das possibilidades de divertimento, afeta o grupo, que percebe negativamente o impedimento da satisfação de sua necessidade de prazer, mas não sente da mesma forma a dor do indivíduo na perda pela morte de algum parente próximo.

Antes mesmo de pensarmos na falta do carnaval, já temos motivos para causar abalo emocional. O ano começou muito mais chuvoso do que o esperado. Os deslizamentos de barreiras, inundações e alagamentos, acidentes diversos, inclusive em localidades onde tais ocorrências não eram comuns, já estão gerando desabrigados e desalojados pelo Brasil afora.

E se isso não fosse desgraça o suficiente, estamos em ano de eleições presidenciais. E estamos vivendo um momento jamais vivido, em que as informações circulam livremente, sem censura, mas também, sem qualquer controle, sem ética, sem respeito pela opinião alheia, sem respeito pela verdade.

Assim, já podemos ir nos preparando para uma campanha suja, com abuso dos meios de comunicação, em desrespeito à nossa inteligência e à nossa capacidade de discernimento. Isso vai custar caro para nossa paciência. Vai nos cansar, nos adoecer física e mentalmente. Mesmo que tenhamos um resultado das eleições favorável à reestruturação do país, o desgaste me parece inevitável, dado o baixíssimo nível de grande parte dos envolvidos. 

Assim, juntando-se todos essas fatores e somando-se o fato de que a pandemia de COVID-19 não parece estar se encaminhando ao fim, 2022 já começa dando pinta de que não vai ter um bom fim. Claro que depende de cada um de nós, do que faremos diante das circunstâncias. Mas que vai ser fácil, não vai não. Bom seria que esta reflexão fosse bastante pessimista e exagerada.

Então, mais que nunca, compete a cada um de nós, uma atitude madura e respeitosa, em relação ao outro e a nós mesmos. Urge que nos abstenhamos de desejar buscar o prazer imediato e desmedido; que observemos os fenômenos naturais com respeito pela Natureza e que sejamos menos susceptíveis às diversas formas de manipulação da opinião, que nos cercam e nos induzem ao erro, como aconteceu com muitos incautos em 2018.  Nos cuidemos e façamos que 2023 comece com mais motivos para otimismo.


Weverton Duarte Araújo

Um comentário:

  1. É tempo de refletir e agir
    De pensar e fazer.. de falar e por em prática .. de ouvir e penerar.. de Amar mais e respeitar mais.
    É preciso saber viver.

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