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O que é jornalismo e o que é lixo? Quem decide?

     
Nossas emissoras de rádio e TV e até mesmo canais na Internet, se tornaram vitrines tão moralmente reprováveis quanto as que expunham prostitutas em Amsterdam.
Sim. Tomemos os noticiários policiais, tanto de rádio quanto de TV, que exploram a desgraça, o crime e a violência de forma irresponsável, ao ponto de já estarem sendo alvo de protesto por parte de alguns jornalistas e entidades, os quais não desejam que tais programas sejam classificados como de cunho jornalístico. Ou seja, a própria classe já percebeu o tamanho do desrespeito cometido por esses pseudojornalistas, não só contra a profissão de jornalista, mas também contra os direitos humanos e contra diversas leis do país.
Humoristas de gosto duvidoso apelam para a exploração de situações escandalosas, travestida de jornalismo. Levando-se em conta o nível intelectual de boa parcela do nosso povo, é possível perceber a clara manipulação dos meios de comunicação, não para fins de informação, mas para a "idiotização" das massas.
Infelizmente, nosso povo adora a chamada cultura inútil, o que dá grande audiência a esses "pinga-sangue", que guardam suas origens num passado não tão próximo, se considerarmos clássicos como Jacinto Figueira Junior, o homem do sapato branco, que já usava tais recursos desde os anos 60 do século passado. Mas a coisa tem saído do controle. Os caras não observam mais qualquer limite ético ou moral. Expõem cenas brutais e situações de violência e mais que isso, estimulam à violência.
Os meios de comunicação no Brasil se tornaram, assim como tudo o mais, meros palanques eleitorais, vendendo imagens falsas e criando ícones a partir de pessoas visivelmente descomprometidas com a verdade, com o jornalismo ou com a política. Basta buscarmos a quantidade de vereadores e deputados eleitos unicamente por terem se tornado conhecidos após se tornarem apresentadores dessas resenhas policiais vespertinas, principalmente. São muitos e quase todos se mostram políticos inúteis.
Alguns grupos como o ANDI e o INTERVOZES tem se posicionado em defesa de uma efetiva democratização da comunicação no Brasil. Mas precisamos todos nós, cidadãos desta república, atentarmos para a gravidade dos fatos e nos posicionarmos com firmeza enquanto algo pode ser feito. Cabe a cada um de nós, fazer!!!

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