E lá vamos
nós improvisar novamente. Até parece que é sina, azar, ou coisa assim. Mas, é
inegável que sempre somos compelidos ao improviso. Assim tem acontecido por não
nos preocuparmos com o futuro, por não sermos adeptos de uma cultura
previdente. É do nosso jeito de ser, o improviso, o arranjo de última hora, a gambiarra. É assim nas terras do Pau-Brasil.
Pois bem,
morto Eduardo Campos, o candidato à presidência que representava uma
possibilidade honrosa a quem não desejava anular o voto, mas não suportava a
ideia de votar em Aécio ou Dilma, surge a possibilidade de que esse voto não
seja apenas dado a alguém como forma de protesto. Marina, conforme a aliança
que fizer nos próximos dias, pode representar uma séria ameaça à polarização
PT-PDSB, que até então se mantinha estável, já que Eduardo não representava
perigo iminente.
Algum tipo
de improviso deve surgir, a partir do inesperado acidente, já que o tempo é
exíguo e os sonhos não podem ser abandonados, mesmo diante da mais cruel
fatalidade. Assim, os indecisos, os anti-petistas e anti-peessedebistas terão
agora uma responsabilidade maior que a dos eleitores fiéis, já fechados com
seus representantes.
Se Marina
encabeçar a chapa, com Erundina de vice por exemplo, os 10% que Eduardo
alcançava podem até dobrar, tirando Aécio do páreo e colocando uma pulga atrás
da orelha de Dilma.
Esperemos
então, o que esse improviso nos trará. Continuaremos sob o trabalhismo manchado
pela fraqueza e pela corrupção, retornaremos ao coronelismo blindado, com ares
de moralista, ou partiremos para o ecologicamente correto apoiado pelo latifúndio?
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