Compartilhe nosso conteúdo

Éramos onze (für Elis)

Weverton Duarte Araújo


Éramos onze até agora há pouco.

Estou aqui me derretendo em lágrimas contidas,

E eu que pensei que não ia chorar.

Fingindo que está tudo bem, como um louco

Pois veio o destino e levou uma parte de nossas vidas, 

que fazia que nos sentíssemos como um todo sem par

(uma ilusão chamada família).


Foi-se um pedaço de nós, que eu nem sabia

que causaria tanta dor ao faltar.

Choro agora e faço poesia

Eu que pensei que não ia chorar.


Elis, apenas Elis. Elisabeth ela achava feio

Nunca adotou seu nome inteiro

assim como partiu quase ao meio

meu coração e esse triste fevereiro.


Pois lhe ofereço minhas lágrimas de agora

irmã maluquinha que nunca me fez mal

E a levarei viva por minha vida afora

Pois como você, não verei outra igual.


Agora somos dez pedaços

Quebrados do que já foi inteiro

Como quebrado foi o tempo-espaço

Pois eu pensei que iria primeiro.


Agora já sei, bem como os outros nove

o quanto nos machuca o coração

se a morte, sem lhe pedir que aprove

venha sem pena e lhe leve um irmão.

4 comentários:

  1. ANDERSON L D DE ARAUJO19 fevereiro, 2025 11:26

    Parabéns, obrigado meu irmão !
    lindo o poema, Mas de hoje até o meu fim, somos onze e mais .....pois ela se multiplicou... em saudades, fé, angústia, lamentos, indignação, amor de verdade, compaixão, dedicação, carinhosa e atenciosa com cada um Deus a fez única e no final a multiplicou dentro de mim e acredito que é cada um que a conheceu. Eliz eternamente eu te amo.

    Anderson Luiz Duarte de Araújo

    ResponderExcluir
  2. É isso mesmo irmão...
    Elis é sempre muito amor.. muita luz..muita vida... Que ela seja recebida pelos anjos de Deus.🙏❤️

    ResponderExcluir
  3. 🧡🧡🧡🧡🧡🧡🧡🧡🧡🧡🧡

    ResponderExcluir
  4. 4 meses hoje, e não consigo acreditar. As vezes me pego pensando nela como se tivesse viva! Seu poema retrata exatamente a realidade 👏👏👏

    ResponderExcluir

Por favor, deixe o seu comentário sobre o texto. Participe!!!