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Religião é como a mãe da gente

 
                                                                         Weverton Duarte Araújo

     Ontem eu ouvi alguns comentários bastante pobres sobre a comemoração católica do dia 12 de outubro. Hoje, vi algumas publicações também bastante tendenciosas, de ambos os lados, ou seja, dos defensores da própria fé e atacantes da fé alheia, demonstrando a pobreza cultural e o baixo nível de espiritualidade desses guerreiros da fé, como se fé tivesse dono, ou carecesse de defesa e como se a opção religiosa fosse destinada à guerra e não à paz.
     Assim, como não sou dono de fé alguma, nem sou escravo da obrigação de defender esta ou aquela crença, resolvi publicar um texto do padre Zezinho, o qual creio que apresenta uma excelente solução para o problema.
 
Degustemos.
 
 
RELIGIÃO É COMO A MÃE DA GENTE 
 

Religião é como a nossa mãe.
Mesmo que não seja bonita, nós achamos que é.
 
E mesmo que não a achemos bonita, nós gostamos dela e não a trocamos por nenhuma outra mãe de quem quer que seja.
 
Podemos não achar nossa mãe mais bonita do que a mãe dos outros, mas certamente a achamos melhor para nós.
 
Isso não quer dizer que a mãe dos outros não seja bonita.
Também não quer dizer que o outro não tenha o direito de elogiar a própria mãe.
 
 Bem educados, nós falamos bem, elogiamos, gostamos de nossa mãe, mas respeitamos, elogiamos e admiramos também os outros e as mães deles.
 
Só os moleques falam mal e ridicularizam o outro e a mãe do outro.
Pessoas bem educadas, arranjam um elogio bonito para a sua mãe  e um elogio bonito para a mãe do outro.
 
Religião é como mãe.
Se a gente tem uma, a gente não a troca por nenhuma outra.
E se o outro tem e gosta  dela a gente aplaude.
 
Pessoas bem educadas sabem conviver com a sua própria mãe e com a mãe dos outros. Crentes bem educados sabem conviver com a sua própria Igreja e com a Igreja dos outros.
 
Só os fanáticos e mal educados gostam de falar mal da Igreja do outro e de colocar a sua acima de qualquer outra Igreja.
 
Só os mal educados e mal instruídos na fé, não aceitam dialogar nem orar juntos. Só eles são contra o ecumenismo. Mas quem tem mãe sabe a importância de ser filho.
 
Amemos nossas Igrejas, mas respeitemos as Igrejas dos outros, se quisermos de fato ir para o céu.
 
Religiosos mau caráter, acabam criando guerras e destruindo a paz em nome da sua mãe que ele acha que é a única.
 
Religião verdadeiramente vitoriosa não é a que faz mais adeptos e arrecada mais fundos e, sim, a que sabe fazer mais caridade e respeita melhor as mães dos outros.
 
(Padre Zézinho)

Um comentário:

  1. Realmente para nosso deleite, ele escreve com simplicidade e sabedoria. Obrigada por partilhar!

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