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Juiz é deus sim senhora.


Três anos depois de ser humilhada em pleno desempenho de suas funções, por um magistrado em pleno cometimento de infrações à Lei, a servidora que teve coragem para enfrentar o corporativismo do judiciário brasileiro se vê condenada a indenizar por danos morais o olímpico e intocável símbolo da truculência de um sistema que continua a dar tudo aos amigos e a LEI aos que o desafiam.
A servidora, mulher de fibra, não se humilhou à carteirada do absoluto e todo-poderoso, nem se colocou abaixo da função que ele representa para a sociedade, já que essa função, ele não exerce dirigindo carro sem placa e sem portar a carteira de habilitação, mas debruçando-se sobre os processos e julgando-os, para o que recebe salário mais que justo.
O juiz, um fraco, escondido sob um título e protegido pelo sistema, esse sim, desrespeitou toda a lei, assim como à sociedade pela qual é pago e à qual devia servir. Achou-se e continua se sentindo mais-que-supremo, entre os “elohim”, poderoso carteirudo, dono da caneta, acima de tudo e de todos, a ponto de desejar quase dois salários dentro do bolso da infame pecadora insubmissa. Coisa de demiurgos de sua laia.
Pois saiba agora, senhora servidora, que a segunda instância é composta de deuses do mesmo sangue e mais poderosos, que protegem o irmão menor. Agora a senhora corre o risco de ter que recorrer a Terminus, deus romano que ensina a reconhecer limites, ou para não sair de nossas terras e nossa língua, a Xangô, o justiceiro, que saberá dar a quem merece o que merece.

2 comentários:

  1. Recordo-me da figura emblemática de Jó, que mesmo comendo o pão que o diabo amassou, acreditava que alguém lhe faria justiça. Situações como essa acontecem a todo momento e isso nos leva a um aprimoramento da reflexão crítica e do senso moral. Tive oportunidade de publicar neste blog a alguns anos dois textos que expressão bem minha posição com respeito ao fato: "Dignidade" e "A gente se cala" este em forma de poesia. No texto dignidade me apoiei na filosofia de Kant depois de ser despertado por uma reflexão mais sensível durante aquelas aulas de "Ética aplicada ao aconselhamento".

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  2. O talzinho é um idiotinha como alguns outros da toga. O que me impressionou mesmo foi a desfaçatez do TJRJ, um Colegiado que deveria respeitar a Justiça à qual deveriam servir e, ao contrário disso, a denegriram. Espero que o STF restaure a moralidade, porque pobre da Nação cujo Judiciário seja pusilâmine. Parabéns, Wewerton. Pelo andar da carruagem, a repercussão desse caso mostrará aos maus magistrados de primeira ou segunda Instância, não ser possível processar e condenar a todos os brasileiros que têm opinião contrária a seus atos.
    Danilo

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