Se
o governo me impedir de educar meu filho, vai se ver obrigado a puni-lo um dia.
E nós sabemos que o governo não educa ninguém. Pune menos ainda. Não corrige,
nem ressocializa. Se a moça gaúcha que não recebeu educação dos pais para saber
que todas as pessoas são iguais, independente da sua cor de pele, vai ao campo
de futebol e chama o jogador de macaco, nenhuma punição vai curá-la dessa ignorância,
inculcada pela cultura racista de suas origens.
Tem
muita gente por aí que apoia e defende a intervenção estatal, com imposição de
leis até para regulamentar o modo como se educam os filhos, tolhendo o direito
natural dos pais de agir com rigidez se julgarem necessário. O problema é que
não se pensa na prevenção. Apenas se ameaça com punição, caso aconteça o que o
senso comum taxa de inadequado. Nem um estudo sério e aprofundado é feito.
Cria-se uma lei que promete punir e pronto. O assunto é dado por resolvido, sem
que suas causas tenham sido sequer analisadas.
Tem
muita gente também, querendo que o governo faça tudo, inclusive, se
responsabilize pelos atos dos filhos que não tiveram uma educação e uma
formação moral em casa. A maioria de nós quer é que alguém seja
responsabilizado cada vez que algo sai dos trilhos. Nem importa tanto que haja
uma punição efetiva. Basta que seja apontado um culpado. Basta que seja feita a
justiça, como sempre ouvimos repetir as vítimas.
Vamos
pensar: porque será que essa ideia de não reação tem se propagado tanto? Não
parece claro, que o que se pretende é nos colocar em um estado de inércia, de
modo que fiquemos completamente dependentes, como se fôssemos incapazes de nos
defender? Somos ensinados a não reagir, a não reclamar, a não ensinar os filhos
a serem éticos, a deixa-los fazer o que quiserem. Os bandidos chegam a dizer
que mataram a vítima porque ela não obedeceu a orientação de não reagir. Ou
seja, o Estado orienta o cidadão a ser conivente com o crime e aceitar o crime
como normal. Engolir e se virar.
Onde
chegaremos com isso? Aliás, já chegamos. Veja como as pessoas agem hoje. Ora, a
quem cabe fornecer à criança as bases éticas, morais, religiosas, sociais, etc?
Ao governo ou à família?
Se
todos nós ficarmos esperando que o governo faça o que nos cabe fazer,
continuaremos a criar monstros, sem educação, sem regras, sem limites. Esses
serão enfim, os que nos governarão no futuro. Ou seja, piores do que os que nos
governam hoje.
O
que se prega por aí é uma falsa liberdade, sem qualquer respeito pelo outro,
sem obrigações, sem deveres. Só se diz dos direitos. Cabe a cada um de nós
impedir que essa onda se propague. Liberdade gera responsabilidade. Direitos
implicam em deveres. Vamos reagir. Reagir sim e com força.
Então, precisamos assumir
nossas responsabilidades. Cada um fazendo o que lhe cabe como membro da
sociedade. Só assim mudaremos o atual estado de coisas. Não se pode acreditar
que o ser humano aprende sozinho, sem que haja limites e imposição de limites
desde a tenra infância. E com punição adequada desde a infância também, para que
não se continue a intervir sempre depois que o caldo já entornou.
Wevweton,
ResponderExcluirOs liberais - geralmente - andam de mãos dadas com as elites, vivem defendendo a necessidade de um Estado Mínimo (para mim,o que querem é um Estado Fraco, insignificante, indiferente), para que que não sejam alcançados, e façam o que bem entenderem.
Essa também é uma proposta das Igrejas, qualquer uma, a fim de facilitar suas pregações - na maioria das vezes - de maneira leviana, descompromissada com a sociedade e com o País, e com os próprios adeptos. Veja o que aconteceu na época da ditadura militar, onde as famosas "Marchas da Família com Deus" , estimulada pelas forças mais reacionárias desse País, encabeçada pela Igreja Católica, que impuseram uma linha de conduta das mais condenáveis, recebendo todo o apoio desse tipo de Estado, que começava a ser implantado em todo o mundo, para a desgraça dos trabalhadores, e dos paises em geral. Hoje estamos vendo, as consequências de uma política, que visava o bem estar de alguns.
Finalizando. Uma criança, na maioria das vezes, se não fosse o horário das aulas, pouca influência as famílias teriam sobre elas, que seriam adotadas pelas programações estúpidas dos meios de comunicação ou, o que é pior, dos seus patrocinadores. Posteriormente, procurarei colocar melhor as minhas idéias.
Abraços fraterno,
Luiz Carlos.
Caro Luiz Carlos,
ResponderExcluirMe considero sim, um liberal, mas não compartilho sua opinião de que o estado liberal seja necessariamente fraco.
Se considerarmos que a sociedade ideal seja o Socialismo, não deveríamos ter um Estado forte, mas uma comunidade forte.
Se aceitarmos que o modelo ideal seja o Capitalismo, aí sim é que o Estado deve ser ceder cada vez mais espaço ao Mercado, de modo que, não me resta escolha: o Estado precisa sim, diminuir sua área de atuação, "especializando-se" na defesa dos direitos vitais dos membros da sociedade.
Como vivemos em um mundo majoritariamente capitalista, não entendo como o Estado sustenta a pretensão (e não mais que pretensão)de se impor como tutor de determinados assuntos, que dizem respeito exclusivamente à subjetividade do ambiente familiar.
Deveria o Estado estar focado na defesa da manutenção de meio de sobrevivência das pessoas, antes de tudo.
Espero estar esclarecendo minha posição.